segunda-feira, 17 de maio de 2010

Um Estudo De Muita Importância para quem quer fazer a vontade de Deus.

A SANTA LEI DE DEUS
• Distinção de Leis
• Contraste Entre as Leis – Moral e Cerimonial
• O que é Ab-Rogar a Lei?
• O Que Você Deve Saber Sobre a Lei
• Quando Foi “Enterrada” a Lei Cerimonial ?
• A Verdade Sobre a Mudança da Lei
• “ A Lei e os Profetas, Duraram Até...(?)”
• Lei Moral Antes do Sinai
• A Perfeição Divina
• Exatidão Divina
• Excelência Divina

“Agora é o tempo de mostrar-se o povo de Deus leal aos princípios. Quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua Lei mais desprezada for, então deve nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo mais inabalável. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões – esta será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem da covardia e lealdade de sua traição.” – E.G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2 pág. 31.
“O corpo do homem é governado pela lei natural e seu comportamento pela Lei Moral; estas duas leis devem refletir a harmoniosa vontade de Seu autor.”
“A lei de Deus é divina, santa, celestial, perfeita... Não há mandamento em excesso; não falta nenhum; é tão incomparável que sua perfeição constitui uma prova de divindade.” – Spurgeon (teólogo Batista), Sermon On The Law.
“A Lei é a vontade de Deus, no Decálogo.” – Pr. Carlo Johansson (téologo Assembleano), Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias... a santa Lei de Deus é um pré-requisito para uma experiência mais profunda da Graça.” – Pr. Harold J. Brokle (teólogo Assembleano), Prosperidade Pela Obediência, pág. 10.
“Os mandamentos representam a expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa Seus súditos.” – Pr. Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Através da Bíblia, pág. 27.
“O Senhor não anulou a Lei Moral, contida nos Dez Mandamentos, e observada pelos profetas. O objetivo de Sua vinda não foi abolir nenhuma parte dela... Todas as suas partes têm de permanecer em vigor para a humanidade de todas as épocas, pois não dependem de tempo, de lugar, ou de outra qualquer circunstância sujeita a mudanças, da natureza de Deus e do homem, e das relações imutáveis que existem ente eles.” – João Wesley, Bible Readings for the Home Circle, pág. 375. (Citado em Segue-me pág. 140). Grifo meu.
“O ritual, ou a Lei Cerimonial, dada por Moisés aos filhos de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças que estavam relacionadas com os velhos sacrifícios e serviços do templo, nosso Senhor em verdade veio para destruir, dissolver, e inteiramente abolir. Esse fato traz o testemunho de todos os apóstolos... Essas ordenanças eram transitórias, nosso Senhor as apagou, removeu e pregou na Sua cuz. Mas a Lei Moral contendo os Dez Mandamentos e reforçada pelos profetas, Ele não a aboliu. Não foi o objetivo de Sua vinda abolir qualquer parte dela. Ela é uma lei que nunca pode ser anulada e que ‘permanece como a fiel testemunha no Céu’. A moral (lei) repousa sobre um fundamento diferente dos das Leis Cerimoniais ou rituais... Cada parte dessa lei tem de permanecer em vigor para a humanidade de todas as épocas, visto que não depende de tempo, de lugar, ou de outra qualquer circunstância sujeita a mudanças da natureza de Deus e do homem, e das relações imutáveis que existem entre eles.” – João Wesley (fundador da Igreja Metodista) – Sermon 25, On The Sermon on The Mount, págs. 221 e 228. (Citado em Segue-me págs. 184-185). Grifo meu.

DISTINÇÃO DE LEIS
Crê, boa parte dos cristãos de hoje que a Lei de Deus foi abolida quando Cristo morreu na cruz. Assim admitem esses irmãos, pelo fato de aceitarem que a Bíblia apresenta apenas uma lei, a Lei de Moisés. Entendem pelo termo “lei”, encontrado nas Escrituras, como definindo todas as leis da Bíblia. Não compreendem a separação delas, e discordam que haja distinção entre as mesmas. Tudo se resume, pensam, na Lei de Moisés. Não aceitam a existência de um código particular, como a Lei Moral (Os Dez Mandamentos), ou a Lei Cerimonial (ritualismo judaico).
O estudante sincero encontra nas Escrituras muitas leis, entre as quais destaco: Lei Moral – os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17). Lei Cerimonial (Levíticos 23). Lei Dietética – de Saúde (Levíticos 11). Lei Civil (que regia o governo dos judeus). Leis de Casamento. Leis de Divórcio. Leis de Escravatura. Leis de Propriedade. Leis de Guerra, etc.
Caiu no domínio popular cristão que, quando se menciona ou se lê na Bíblia a palavra lei, tudo se resume na Lei de Moisés, o que não é correto. De fato, existem muitas leis que foram enunciadas, escritas e entregues por Moisés, embora provenham de Deus, e entre elas está a Lei Cerimonial, consistindo de um ritual que os judeus deveriam praticar até a chegada do Messias Jesus. Esse ritual simbolizava o evangelho para os judeus, e compunha-se de ordenanças como: ofertas diversas, holocaustos, abluções, sacrifícios, dias anuais de festas específicas e deveres sacerdotais (II Crôn. 23:18; Lev. 23; II Crôn. 30:16; Esd. 3:2).
Há porém um código particular e distinto, escrito e entregue pelo próprio Deus a Moisés; é a Lei Moral dos Dez Mandamentos, e em nenhuma parte das Escrituras é esta lei chamada de Lei de Moisés. Portanto, estudando com cuidado e carinho, qualquer um encontrará na Bíblia essa variedade de leis.
“Billy Graham, considerado o maior evangelista da atualidade e fundamentalista, assim se expressou sobre a Lei de Deus. Reproduzimos a pergunta específica de um repórter e consequente resposta textual, como estão na coluna de um jornal londrino (reproduzidas em Signs of the Times de 23.08.1955, pág. 4).
“Pergunta: Mr. Graham, alguns homens religiosos que conheço, dizem que os Dez Mandamentos são parte da ‘lei’e não se aplicam a nós hoje. Dizem que nós, como cristãos, estamos ‘livres da lei’. Está certo?
“Resposta: Não, não está certo, e espero que você não seja desencaminhado por estas opiniões; é de suma importância compreender o que quer dizer o Novo Testamento quando afirma que estamos ‘livres da lei’. Como é evidente, a palavra ‘lei’ é usada pelos escritores do Novo Testamento em dois sentidos. Algumas vezes ela se refere à Lei Cerimonial – do Velho Testamento, que se relaciona com matéria ritualística e regulamentos concernentes a manjares, bebidas e coisas deste gênero. Desta lei, os cristãos estão livres na verdade. Mas o Novo Testamento também fala da Lei Moral, a qual é de caráter permanente e imutável e está sumariada nos Dez mandamentos.” – A.B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 63-64. Grifos meus.
Este famoso pregador Batista confirma o que a Bíblia apresenta com enorme clareza. Bem, aguce sua audição agora e vamos consultar, também, o apóstolo Paulo, a respeito do assunto:
I Coríntios 14: 21
“Está escrito na lei: Por gente doutras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo...”
Aqui, Paulo não se refere nem à Lei Moral, e muito menos à Lei Cerimonial. Sua referência só pode ser ao Pentateuco ou mesmo a todo o Antigo Testamento, nunca porém a um código definido, como a Lei Moral ou a Lei Cerimonial.
Gálatas 3: 10
“Todos aqueles pois que são das obras da lei estão debaixo de maldição... porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as obras que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.”
Aqui, lógico e evidente, refere-se o apóstolo a outra lei. É inegável! Inclusive a define como sendo escrita em um livro.
Há outras passagens contundentes da pena de Paulo que apresenta a diversidade de leis, porém, chamo sua atenção para um fato altamente importante e de real destaque em dois textos:
Efésios 2: 15 – “Na Sua carne desfez a inimizade, isto é; a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”
Romanos 3: 31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.”
Releia o que disse Billy Graham aí atrás (pág. 75). Agora considere o que escreveu este eminente teólogo:
“O contraste entre as afirmações é nítido quando se chama a atenção para o fato de que Paulo usou a mesma raiz grega para as palavras aqui traduzidas por ‘desfez’ e ‘anulamos’. Esta raiz, katargeo, significa tornar ‘inoperante’,‘fazer cessar’, ‘afastar’ alguma coisa, ‘anular’, ‘abolir’. Mas o escritor inspirado Paulo diz a uma determinada igreja que a ‘lei’ está desfeita, e a outra igreja exclama: ‘De maneira nenhuma (Deus nos livre é o sentido original)’, ao pensamento mesmo de que a ‘lei’ esteja abolida, e se refere à mesma lei em cada caso? Obviamente Paulo deve estar falando de duas leis diferentes. Esses dois textos são suficientes em si mesmos para expor a falácia de que a Bíblia fala de uma só lei.” – Francis D. Nichol, Objeções Refutadas, págs. 3-4. Grifos meus. Vamos ainda ouvir o apóstolo São Paulo.
Efésios 6: 2
“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa.”
Seria irrazoável, não acha, já que o “mandamento” fora desfeito, Paulo mandar os efésios observá-lo! E há mais, afirma ele ter sua obediência uma alvissareira promessa – vida longa – com saúde e paz; se a lei da saúde também for observada, evidente!
I Timóteo 1: 8
“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza legitimamente.”
Percebe, meu irmão! Jamais pode ser boa uma coisa “maldita”. Correto? Também, se é boa e útil, por que ser abolida e desfeita, não é?
Romanos 7: 14
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal...”
Note, Paulo toma a minha e a sua palavra agora e diz: “sabemos que a lei é espiritual”. Sabia você isso, irmão? Ou seja: A lei provém do Espírito de Deus. Se sua fonte é tão sagrada, não lhe surpreende vê-la tão rejeitada?
Romanos 7: 16
“E se faço o que não quero, consinto com a lei que é boa.”
Observe novamente a afirmação paulina: “A lei é boa”. Não deixa ele brecha para suposições ou interpretações falseadas. A lei é boa disse. Ora, se a lei é boa e contribui para tornar o homem espiritual, não pode nem deve ser anulada, desfeita, interrompida, caducada. Nunca! Concorda? Nunca jamais, você dirá com certeza!
Romanos 7: 12
“E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”
Permita-me repetir as palavras de Paulo mais uma vez: Lei santa, Lei justa, Lei boa. É inegável que Paulo faz alusão a leis diferentes, porque jamais poderia afirmar que uma lei não presta e seja boa ao mesmo tempo. Que foi anulada, e é santa, justa e boa. Que é maldição e que tenha uma promessa de longa vida ao se observá-la.
Romanos 7: 22
“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”
Viu? Lei de Deus e não de Moisés. Claro, não é? Que acha o irmão, seja o “homem interior”?
– Sim, é o homem espiritual, o crente fiel e sincero, o homem que não transgride a vontade divina, que não transige com o pecado, e, como Paulo, tem prazer na Lei de Deus.
Romanos 7: 25
“Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor, assim que eu mesmo com o entendimento sirvo a Lei de Deus...”
Caro irmão, Paulo já afirmou que a Lei de Deus é santa, justa, boa, espiritual, tinha prazer em guardá-la, e agora dá “graças a Deus por Jesus Cristo” pela oportunidade e privilégio de poder, com todo o seu entendimento, servir à Lei de Deus. Que maravilhoso! Creia isto, sinceramente, amado!
Por conseguinte, é contundente e claro que há distinção de leis na Bíblia. Ninguém deve supor que toda referência à lei nas Escrituras se credite a Moisés como sendo o legislador. De fato, os seus primeiros cinco livros são considerados a “lei”, pois, forma o compêndio mais exato das obrigações mútuas e orientações divinas para o estabelecimento do governo de Deus, Seus métodos e regulamentos.
Mas, é bom saber e, dar lugar à Lei Moral dos Dez Mandamentos, que não foi escrita por Moisés, como se julga, e sim pelo próprio Deus, em tábuas de pedra (Êxo. 31:18). É a única parte das Escrituras que Deus não permitiu ao homem escrever; Ele mesmo o fez, pela primeira e segunda vez, quando Moisés quebrou as tábuas, sobre o bezerro de ouro, ao descer ele do Monte Sinai (Êxo. 34: 1,28).
Assim agiu Deus, para patentear a sacrossantidade de Sua lei, bem como chamar a atenção do homem para o fato de Ele próprio tê-la escrito, e mais, sobre pedras, para deixar clara a eternidade, perpetuidade e durabilidade desta lei, que é eterna e gloriosa, como Ele o é.
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso... As leis ‘cerimoniais’ podem ser abrogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção.” – Pr. O. S. Boyer (teólogo Assembleano), Marcos: O Evangelho do Senhor, págs. 38-39. Grifos meus.
QUE SERIA DE NÓS SEM A LEI?
No dia 7 de outubro de 1969, a polícia de uma das maiores cidades da América do Norte entrou em greve. Dois homens foram assassinados, quarenta e oito pessoas ficaram feridas em tumultos, foram assaltados sete bancos, houve muitos outros roubos e foram quebradas cerca de mil vitrines no centro da cidade. Os prejuízos excederam a um milhão de dólares.
Que seria de nós sem a lei e sua aplicação? Que seria do mundo e do Universo sem a Lei de Deus e Seu poder moderador?
No decorrer dos séculos, grandes pensadores reconheceram que a Lei Moral de Deus constitui a base de sociedades ordeiras. Quando a Lei de Deus é desprezada, os seres humanos tornam-se vítimas de seu raciocínio subjetivo. O resultado é permissividade destrutiva, libertinagem e degradação moral e ética. Nisto está se transformando nossa sociedade após o adultério ter deixado de ser crime na lei do Estado.

REFLEXÃO
• Se Deus escreveu Dez Mandamentos, quantos Ele quer colocar em nosso coração hoje?
• Amor se expressa pela obediência?
• Cristo poderá salvar um transgressor?
• O homem tem capacidade para corrigir a Deus?
• Se Deus diz Sábado, porque o homem diz domingo?

CONTRASTE ENTRE AS LEIS MORAL E CERIMONIAL
Segundo o breve estudo anterior, é possível que alguém tenha ficado perplexo, pois há textos na Bíblia que positivamente declaram ser a Lei de Deus eterna, e que não muda, e que todos devem obedecê-la. Por outro lado, existem outras passagens que parecem significar que a lei é transitória, que nada aperfeiçoa, é inútil e o crente salvo em Jesus Cristo não tem obrigação de guardá-la.
Dentre todas as leis mencionadas na Bíblia, duas têm destaque preeminente: A Lei Moral e a Lei Cerimonial, fato que muitos, mas muitos irmãos, mesmo, não compreendem, porém é claro em toda a Bíblia.
“A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamamos de Lei de Deus. Esta lei vem da eternidade. Os princípios desta lei são a base do governo de Deus. São imutáveis como o trono de Jeová. A lei é por natureza indestrutível, adaptando-se ao governo de seres morais livres em todos os séculos, em todo o Universo de Deus. Nem um mandamento pode ser tirado do Decálogo. Permanece, todo ele, irrevogado, e assim permanecerá para sempre. Esta lei não pode ser ab-rogada, nem por homens da Terra, nem por seres do Céu. Nem mesmo o Seu autor – com reverência o dizemos – a pode ab-rogar, a menos que mude Sua natureza, e a forma de Seu governo. Disse Jesus: “É mais fácil passarem o Céu e a Terra do que cair um til da lei” (Luc. 16: 17). Portanto, esta lei permanece para sempre. Pelo menos enquanto durar Céu e Terra.
“O mesmo não se dá com a Lei Cerimonial, frequentemente chamada de Lei de Moisés, que veio a existir depois da queda do homem. Esta lei ‘consistindo em manjares e bebidas, e várias abluções e justificações da carne’ e sacrifícios, destinava-se a chamar a atenção para a primeira vinda de Jesus; em vindo Ele, passou, pois nEle teve seu cumprimento. Aí encontraram-se o tipo e o antítipo; a sombra encontrou o corpo. Quando Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu na cruz, ‘o véu do templo se rasgou em dois de alto a baixo’ (Mat. 27: 51). Os serviços do templo deixaram então de ter lugar. O sistema sacrifical cessou, e a lei que a ele pertencia deixou de existir. Foi cravada na cruz (Col. 2: 14). Foi dada para satisfazer condições temporárias, locais, e uma vez que essas condições mudaram em virtude da entrada da nova dispensação, os estatutos cerimoniais não tinham mais razão de ser.” – Folheto nº 22 – CPB.
A seguir, através de inúmeros textos bíblicos, consolidaremos a grande verdade entre as duas leis, específicamente. Você vai notar que, de fato, existe uma distinção entre os dois códigos, e que, com certa facilidade, veremos que os textos que se referem a um não podem referir-se a outro, certo?
A Lei Moral – é Denominada a “Lei do Senhor” – Salmo 1: 2; 19: 7
“... tem o seu prazer na Lei do Senhor. E na Sua lei medita de dia e de noite. A Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma...”

A LEI CERIMONIAL – FOI DENOMINADA A “LEI DE MOISÉS”
Neemias 8: 1
“... disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés...”
Atos 15: 5
“Alguns, porém, da seita dos fariseus... se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a Lei de Moisés.”
A Lei Moral – é Chamada a “Lei Real” – Tiago 2: 8
“... se cumprirdes, conforme a Escritura, a Lei Real...”

A Lei Cerimonial – é Chamada a “Cédula de Ordenanças”
Colossenses 2: 14
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças...”
Efésios 2: 15
“Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos que consistiam em ordenanças...” (A Lei Cerimonial é chamada também de Lei Ritual).
A Lei Moral – Existia Antes do Pecado do Homem – Romanos 4: 15
“... onde não há – lei – também não há transgressão.”
(Logicamente, se Adão e Eva pecaram, é porque transgrediram a lei de Deus. Disso Paulo dá provas cabais e insofismáveis, ao declarar: “Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte... Mas o pecado não é imputado não havendo lei (Rom. 5: 12-13). Fica então claro, que a Lei de Deus existia antes do pecado do homem, no Éden).
A Lei Cerimonial – Foi Dada Depois da Queda de Adão
Os símbolos e cerimônias desta lei (Lei Cerimonial) deveriam conduzir os homens ao Messias que viria para resgatar os pecadores. (Leia Hebreus 10:1).
A Lei Moral – Foi Escrita Pelo PRÓPRIO Deus – Êxodo 31: 18
“E deu a Moisés...duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus.”
A Lei Cerimonial – Foi Escrita por Moisés – Deuteronômio 31: 9
“E Moisés escreveu esta lei, e a deu aos filhos de Levi...”
A Lei MORAL – Foi Escrita em Tábuas de Pedra – Êxodo 31: 18
“E deu a Moisés... duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra...”
A Lei Cerimonial – Foi Escrita em um Livro – Deuteronômio 31: 24
“E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras desta lei num livro, até de todo as acabar.”
A Lei Moral – Foi Colocada Dentro da Arca – Deuteronômio 10: 5
“E virei-me e desci do monte, e pus as tábuas na arca que fizera; e ali estão como o Senhor me ordenou.”
A Lei Cerimonial – Foi Colocada Fora da Arca – Deuteronômio 31: 26
“Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca...”
A Lei Moral – é uma Lei Perfeita – Salmo 19: 7
“A Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma...”
A Lei Cerimonial – “Nenhuma Coisa Aperfeiçoou” – Hebreus 7: 19
“Pois a – lei – nenhuma coisa aperfeiçoou...”
A Lei Moral – é uma Lei Eterna – Mateus 5: 18
“... em verdade vos digo que até que o Céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.”
A Lei Cerimonial – Era Transitória – Hebreus 10: 1
“Porque tendo a lei sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...”
A Lei Moral – É Santa, Justa e Boa – Romanos 7: 12
“... assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”
A Lei Cerimonial – Nada Aperfeiçoou ou Santificou – Hebreus 10: 1
“...Nunca, pelos mesmos sacrifícios que contínuamente se oferecem a cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.”
A Lei Moral – É uma Lei Espiritual – Romanos 7: 14
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual...”
A Lei Cerimonial – Era Carnal – Hebreus 9: 10
“Consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne...”
A Lei Moral – Contém um Sábado Semanal – Êxodo 20: 8-11
“Lembra-te do dia de Sábado para o santificar...”
A Lei Cerimonial – Tinha Sete Sábados Anuais – Levítico 23: 27; 23: 32
“Mas aos dez deste mês sétimo, será o dia da expiação; tereis santa convocação... sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas, aos nove do mês à tarde...”
Querido irmão, grave nos escaninhos de sua alma estas duas comparações finais. Entesourai-as no coração e na mente.
A Lei Moral – Não Foi Ab-rogada (anulada) por Cristo
Mateus 5: 17-19
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: Não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o Céu e a Terra passem, nem um jota, ou um til, se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido...”
A Lei Cerimonial – Sim – Foi Cravada na Cruz
Colossenses 2: 14
“Havendo riscado a cédula que era contra nós, nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”
A Lei Moral – Não Foi Abolida Nem Anulada Pela Fé em Cristo
Romanos 3: 31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma; antes, estabelecemos a lei.”
A Lei Cerimonial – Foi Desfeita ou Cancelada por Cristo
Efésios 2: 15 – “Na Sua carne (Seu sacrifício) desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”
Finalmente, lhe digo amado: A Lei Moral não dá instruções ou informações sobre ofertas queimadas, de manjares, páscoa, ereção de altares, circuncisão, ordem sacerdotal, etc. A Lei Cerimonial é que engloba e exige a prática destes ritos.
– Considere estes fatos, com carinho! E não esqueça do isto é!

FALTA DE UNIDADE? CONTRADIÇÃO? EQUÍVOCO?
• “– Os Adventistas e a Lei de Moisés – Dividem a Lei de Moisés em duas partes, uma moral, incluindo os dez mandamentos e a outra cerimonial, compreendendo o resto da lei. Dizem que Cristo aboliu a lei cerimonial, mas a lei moral precisa ser obedecida. Inventaram essa maneira de argumentar, porque viram-se em dificuldade diante da declaração bíblica de que a lei foi abolida por Cristo.” – Pastor Rui Franco (teólogo Batista), Revista Mocidade e Adulto, Edições Brasil Batista, 10 de outubro de 1976. Grifo meu.

• “Devemos fazer distinção entre a lei cerimonial e a lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento. Referia-se a costumes próprios do povo de Israel, alimentação, etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei.
“Há, porém, a lei moral. Esta permanece. Os dez mandamentos, por exemplo, faziam parte da lei, mas permanecem até hoje, porque são princípios eternos, estabelecidos por Deus para as relações humanas.” – Pastor Walter Kaschel (teólogo Batista), Lições de Mordomia, Suplemento da Revista de Jovens e Adultos, Casa Publicadora Batista (teólogo Batista), 4a. impressão, 1964. Grifos meus.

• “Não há tal coisa como duas leis diferentes dadas a Israel. Tal distinção não é mencionada em nenhum lugar da Bíblia.” – Gordon Lindsay (teólogo Assembleano) – Os Fatos Sobre o Sétimo Dia, pág. 39. Grifos meus.

• “As idéias que alguns fazem da Lei de Deus, são errôneas e muitas vezes perniciosas. O arrojo ou ousadia dos tais, chega a ponto de ensinar ou fazer sentir que a Lei já foi abolida e que nenhum valor mais lhe resta, tão pouco tem autoridade para corrigir os costumes e influir na vida do indivíduo... Os que ensinam a mentira que a Lei não possui mais valor ou autoridade, ainda não leram com certeza os versículos que nos servem de texto (S. Mat. 5:17-19). Como se pode dizer que a Lei foi abolida?
“Outros dizem que Jesus não fez mais que afrouxar a Lei. Ora, ainda aí, o absurdo é grande, pois será crível aos que possuem um pouco de senso, que Deus mude a Sua Lei quando Ele é imutável? Não! Tudo pode mudar-se, tudo pode transformar-se ou degenerar-se, porém Deus não muda, nem o Seu poder, nem a Sua glória; os Seus preceitos são eternos.
“Vamos mais longe: Essa Lei é base da moralidade social, e será crível que tal base seja abolida, isto é, que se mate, adultere, furte e calunie? Não! Essa Lei é toda digna de nossa admiração, de nosso respeito e acatamento.
“Jesus veio pôr em prática a Lei e não a abolir. Olhemos todos para esse modelo e peçamos força para obedecer os preceitos divinos.” – S. L. Ginsburg (Ministro Batista) O Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus, págs. 4-7, grifos meus.

• “A Bíblia afirma que existe uma só Lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais, e preceitos civis. É chamada Lei de Deus, porque teve origem nEle. Lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promulgar a Lei no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como os fora dele, são chamados alternadamente Lei de Deus ou do Senhor e Lei de Moisés (Luc. 2:22 e 23; Heb. 10:28). São, portanto, sinônimos e, por isso não há distinção alguma (Nee. 8:1, 2, 8, 18). – Pr. A. Gilberto (teólogo Assembleano) Lições Bíblicas Jovens e Adultos, Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2º trim/97, pág. 45.

• “Algumas pessoas dão ênfase entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’ . As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso... As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção. – Pastor O. S. Boyer (teólogo Assembleano) – Marcos: O Evangelho do Senhor, pág. 38-39.

A LEI E O PECADO
“Quando os judeus rejeitaram a Cristo, rejeitaram a base de sua fé. E, por outro lado, o mundo cristão de hoje, que tem a pretensão de ter fé em Cristo, mas rejeita a Lei de Deus, comete um erro semelhante ao dos iludidos judeus. Os que professam apegar-se a Cristo, polarizando nEle as suas esperanças, ao mesmo tempo que desprezam a Lei Moral e as profecias, não estão em posição mais segura do que os judeus descrentes. Não podem chamar inteligentemente os pecadores ao arrependimento, pois são incapazes de explicar devidamente o de que se devem arrepender. O pecador, ao ser exortado a abandonar seus pecados, tem o direito de perguntar: Que é pecado? Os que respeitam a Lei de Deus podem responder: Pecado é a transgressão da Lei (I João 3:4). Em confirmação disto, o apóstolo Paulo diz: “...Eu não conheceria o pecado, não fosse a Lei...” (Rom. 7:7). – Mensagens Escolhidas, vol. 1 – E.G. White, pág. 229, grifos meus.

O QUE É AB-ROGAR A LEI?
Agora que sabemos qual a lei que foi abolida por Cristo, resta-nos saber a finalidade da Lei Moral, dos Dez Mandamentos. Antes, porém, deixe-me explicar o que é cumprir a lei, porque muitos pensam que, por ter dito Jesus: “Eu vim cumprir a lei”, Ele a cancelou.
Tomemos, por exemplo, uma coisa simples, como uma placa de contramão. Esta placa, feita pelo Detran, consiste de um círculo vermelho com uma faixa branca cortando-o. Em qualquer país do mundo esta placa indica que é proibido ao carro seguir a rua onde ela esteja. Pois bem, então o motorista vai guiando o seu carro e de repente vê à sua frente tal placa. Se ele volta, ou dobra à esquerda ou à direita, ele está cumprindo a “lei” representada por aquela placa que o proibiu de seguir por aquela estrada. Então, cumprir é obedecer aquele regulamento. Como se vê, o cumprir não foi tornar nulo nem cancelar aquele dispositivo que o proibia seguir em frente.
Da mesma forma, o pedestre que vai atravessar uma rua, posta-se então na calçada, e espera que o sinal fique vermelho para os carros; quando isto ocorre, acende-se o sinal verde para ele atravessar tranquilamente a pista de rolamento. A “lei” é representada ali pelo sinal vermelho para os carros e pelo sinal verde para ele. Se o carro pára ao sinal tornar-se vermelho, está o motorista cumprindo aquele regulamento, a lei do trânsito; e, se a pessoa atravessa quando o sinal está verde para ela, da mesma maneira está cumprindo o requisito legal que determina estas normas.
Agora pergunto: Cumprir é cancelar, inutilizar, acabar? Certamente você responderá que não! Cumprir então é obedecer, neste caso, os estatutos do Detran. Da mesma sorte, qualquer proibição legal, obedecida, é cumprida, por quem a obedece.
Isto acontece com os governos, indústrias, comércios, escolas, universidades, que têm regulamentos e leis. Qualquer cidadão brasileiro que é fiel em suas obrigações no pagamento de seus impostos, e que cumpre as normas e leis estabelecidas para o nosso bem-estar, está livre de sua condenação, mas, tão logo as transgride, fica sujeito às suas penalidades.
Recentemente, em programa radiofônico de maior audiência no Rio de Ja-neiro, um jurista disse: “A lei cumprida, protege; a lei transgredida, condena”. Que bela verdade disse um homem que nem evangélico é!
Da mesma maneira ocorre com a Lei de Deus. Mesmo sem a explicação apresentada, será ilógico achar que Jesus “cancelou”, “acabou” com Sua própria lei. Primeiro, porque ela é eterna, como é eterno o nosso grande Deus. Sobretudo é o fundamento de Seu governo. Segundo, por ela será julgada toda criatura, conforme as palavras de Tiago 2:12: “Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”. Terceiro, ela é tão importante e útil que está guardada no Céu. Observe: “E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo...” (Apoc. 11:19). Portanto, estão no Céu, dentro da arca, os originais da santa Lei de Deus, escritos pelo Seu próprio dedo. Isto é muito significativo, irmão. Queira ler: Êxo. 31:18; Deut. 10:5.
Pois bem, a finalidade da Lei de Deus é apontar, mostrar o pecado. A lei é o espelho espiritual do cristão. Se você estiver com o rosto sujo, o espelho mostra a sujeira e, então, o que faz? Lava-se, não é? O mesmo papel desempenha a Lei de Deus; ela mostra onde está sujo na vida do homem. Quando isso ocorre, a sujeira, isto é, o pecado, precisa ser removido.
Fala-se muito que estamos debaixo da Graça. Que a Graça cancelou a lei, etc. Entrementes, afirmo, com base nas Escrituras Sagradas, que a lei jamais pode ser abolida, porque se tal acontecesse não haveria a necessidade da Graça. Sim, Graça é um favor imerecido. É estendida ao homem para justificá-lo de seu pecado, quando ele expressa fé no sacrifício de Jesus.
– Que é pecado? Perguntou Billy Graham, quando de sua campanha evangelística no Rio de Janeiro em seu folheto intitulado: “Que importância você dá a Deus?” Ele mesmo responde: “Pecado é a quebra da Lei Moral... Porque todos nós temos quebrado os Dez Mandamentos...” Ele está certíssimo, porque a Bíblia revela tal verdade com estas palavras: “Qualquer que comete pecado, também transgride a Lei, porque o pecado é a transgressão da Lei” (I João 3:4 – Edição revista e atualizada). Esta é a mais clara e divina definição de pecado.
Não esqueça: a lei funciona como um espelho. Qualquer pecado na vida do homem é apontado por ela, e imediatamente ela o acusa, restando ao homem uma única saída para livrar-se de sua incômoda penalidade: recorrer à Graça de Deus, que é a aceitação do sacrifício de Jesus para sua vida.
Por conseguinte, para haver Graça, necessário é que haja pecado. E para saber se há pecado, preciso é que se tenha um código que o identifique. Por favor, irmão, preste a máxima atenção a este silogismo:
Romanos 4:15; 5:13
“Porque onde não há lei também não há pecado... mas o pecado não é imputado não havendo lei.”
Assim que, se alguém prega que a Lei de Deus foi abolida, forçosamente as pessoas terão de crer também que não existe pecado, e se assim é, todos são justos, e todos se salvarão, possuam ou não fé em Cristo, tenham ou não nascido de novo, sem a manifestação da Graça.
Sim, porque Deus não pode condenar nem destruir aqueles que não pecaram. Aceitando-se que a Lei Moral foi abolida por Cristo, não há mais necessidade de fé e muito menos angustiar-se por causa de uma perdição eterna, em chamas crepitantes, no Juízo Final. Agora observe o que diz o evangelista:
Mateus 1:21
“E dará à luz um filho e chamará o Seu nome Jesus; porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.”
Então, como é isso? Jesus nasceu para salvar homens do pecado?
Paulo afirma que, “...Se não há lei, também não há pecado...” (Rom. 5: 13). E se hoje em dia alega-se ter sido a lei abolida, o raciocínio lógico é que, se não há pecado (em virtude do cancelamento da Lei de Deus), não pode haver salvação, pois ela é a consequência da conversão do pecador. Se todos, porém, são justos (pois não há uma lei que aponte e mostre pecados), para quê salvação?
Ora, se não há salvação, que necessidade temos de Jesus? Conclui-se pela palavra dos que advogam a tese da abolição da Lei de Deus que – informa o apóstolo Paulo –, “não há pecado”. Não havendo pecado, dizemos nós, todos se salvarão, e o sacrifício de Jesus foi em vão, inútil e desnecessário, e é isso o que Satanás deseja, levando os homens a pensarem que a Lei de Deus foi abolida.
Digo-lhe irmão, fiado na Bíblia, a Lei Moral de Deus existirá sempre, enquanto houver pecado. Permanecerá ela como a expressa vontade de Deus para com o homem. Ela acusará sempre todo aquele que cometer pecado.
Saiba, meu irmão, quando se afirma que estamos livres da lei, isto é, de sua penalidade, fácil é saber se é verdade. Cumprindo os Dez Mandamentos em sua vida, a lei não o acusará. É como estar diante do espelho, e este mostra seu rosto completamente limpo. Mas, embora livre da condenação da Lei de Deus, pela justificação do sacrifício de Cristo, não quer dizer que o cristão esteja livre do pecado; em qualquer tempo que o cristão tornar a cometê-lo, novamente a lei o acusará, e assim acontecerá até a volta de Cristo, quando então, e só então e para sempre, será banido o pecado desta Terra. Depois leia estes textos: I. S. João 1:8,10. João 8:7.
Agora ouça, amado irmão, de que adianta dizer-se justificado, salvo pela Graça, e guardar apenas nove mandamentos, como é o caso de muitos, se a lei é composta de dez? Para estes há uma dura palavra na Bíblia:
Tiago 2:10
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”
Se a Bíblia diz que “pecado é a transgressão da lei”, portanto, mesmo sendo apenas um mandamento quebrado, o pecado torna-se patente na vida do transgressor, pois para Deus o pecado não tem categoria nem tamanho. Pecado é pecado! Ouça:
I João 2:3 e 4
“E nisto sabemos que o conhecemos, se guardamos os Seus mandamentos; aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade.”
Percebe como é grave a situação? Meu amado, se à luz desta dura palavra, e se a Lei de Deus lhe mostra alguma transgressão, lave-se no sangue de Jesus, seja forte, decida-se. Pois a Bíblia determina:
Eclesiastes 12:13
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem.”
Jesus disse ao jovem rico: “... se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mat. 19:17).
Você irmão, só terá absoluta certeza de que a lei não o acusa, se estiver guardando os Dez Mandamentos de que ela é composta. Esta é a única maneira de certificar-se de estar livre de sua condenação.
Alguém poderá dizer, como já ouvi: “Isso é legalismo”! Eu responderei: “Isso é o que diz a Bíblia”, e eu creio nela. Outros dizem: “Ninguém pode guardar toda a lei”. Assim agem, porque não depositam em Deus suas fraquezas, para dEle receber força. Isso dizem os que limitam o poder de Deus. Isso dizem os cristãos de pequena fé. Isso dizem os que não querem ver os milagres de Deus.
Caro irmão, quer ser vitorioso e forte para poder guardar a Lei de Deus? Leia Filipenses 4:13, Mateus 6:33, Isaías 49:15 e 16. Leia várias vezes. Ore. E o Deus do Céu o abençoará ricamente. Se tomar a decisão de ser fiel a Deus nesta parte da Bíblia, reclame de Deus a Sua bênção. Glória a Deus! Aleluia!

Apocalipse

Capítulo 21 de Apocalipse

Este capítulo apresenta o estabelecimento do reino de Deus na Terra e uma sumária descrição da cidade de Deus, a Nova Jerusalém. Deus prometeu: “Eis que crio novos céus e nova Terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Isaias 65:17). A própria lembrança do pecado estará apagada.

Ainda soam as palavras de Jesus: "Vou prepara-vos lugar ...e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também" (João 14:3).

Em meio às confusões do mundo atual, essas palavras trazem nova esperança e grande conforto. Elas nos dizem que dias melhores certamente virão.

Deus promete que a angústia do pecado nunca mais retornará. "Não se levantará por duas vezes a angústia!" (Naum 1:9). "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor porque as primeiras coisas passaram" (Apocalipse 21:4).



A Nova Capital do Universo

Algumas pessoas consideram o Céu como uma fantasia infantil. Não sabem o que é, nem onde está. Apenas fazem idéia de que seja um bom lugar. Outros pensam nele como algo místico, irreal, onde os anjos sentados sobre nuvens estão a tocar suas harpas.

Apocalipse 21:1 – “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”. Os Santos conhecerão a razão do mar não existir na nova Terra.

Apocalipse 21:2 – “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, ataviada como uma noiva para o seu noivo”.

João olha para o Céu e vê algo simplesmente indescritível. Uma enorme cidade flutua majestosamente no ar, e desce até tocar a Terra.

Apocalipse 21:3 – “E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens. Deus habitará com eles, e eles serão o Seu povo, e o próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus”.

O grande sonho de Deus é morar com os homens.

Nosso pequenino planeta, o único que permitiu a entrada da maldição do pecado, é a única mancha escura na gloriosa criação de Deus. Logo este planeta será honrado acima de todos os outros mundos do Universo de Deus. Por quê? Porque “Deus habitará com eles”.

Apocalipse 21:4 – “Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, pois já as primeiras coisas são passadas”.

Deus promete um tempo em que não haverá mais dor, nem sofrimento. Até qualquer lembrança que pudesse causar sofrimento será apagada da nossa memória.

Apocalipse 21:5 – “E o que estava assentado no trono disse: Faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, pois estas palavras são verdadeiras e fiéis”.

Deus não fará coisas novas, mas fará novas todas as coisas. É a mesma Terra renovada. O Éden será restaurado.

Nós nos reconheceremos? Os discípulos de Jesus O reconheceram após a Sua ressurreição. Maria O reconheceu perto do sepulcro, por Sua voz familiar, quando a chamou pelo nome (João 20:14 e 16). Jesus foi reconhecido pelos dois discípulos no caminho de Emaús, quando viram o modo em que Ele abençoou o pão (Lucas 24:13-35).

Visto que "seremos semelhantes a Ele", os redimidos certamente serão reconhecidos pelo tom de voz, por seus traços familiares e características individuais de personalidade; as marcas do pecado serão removidas, mas lá nos conheceremos e nos compreendemos melhor do que nesta vida.

"Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido". I Cor.13:12.

Apocalipse 21:6 – “Disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida”.



Os Habitantes da Nova Jerusalém

Apocalipse 21:7 – “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será Meu filho”.

A herança da nova Terra é prometida somente aos vencedores. Os seres humanos começam projetos e deixam inacabados. Deus nunca abandona um projeto ou o deixa incompleto. Sua promessa é: “Estou plenamente certo de que Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus” (Fil.1:6).

Apocalipse 21:8 – “Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte”.

Os medrosos – São os que temem ser ridicularizados pelos amigos por causa da palavra de Deus. Temeram perder seu prestígio social ou talvez seu emprego, e assim hesitaram aceitar a verdade de Deus.

Não eram criminosos, assassinos, adúlteros ou bêbados. Eram covardes – temiam fazer o que é certo. Obedecer a Deus requer coragem. Estar ao lado da verdade custa alguma coisa. Abandonar maus hábitos requer sacrifício e oração. O pecado exige um alto preço. Mas que terrível preço pagarão os que rejeitarem o convite de Deus!

Os incrédulos – A descrença deixará muita gente de fora da eternidade. Os eruditos ateus estarão entre eles. Sem fé é impossível agradar a Deus.

Os homicidas – “Não Matarás”. Êxodo 20:13

Os adúlteros – “Não adulterarás”. Êxodo 20:14

Os feiticeiros – “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus” (Deuterenômio 18:9-13).

Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos”? (Isaías 8:19).

Os idólatras – “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êxodo 20:3-4).

Tudo que tem lugar no coração do homem, que está acima de Deus, é idolatria. Só Deus é digno de adoração.

Os mentirosos – “Aquele que diz: Eu conheço-o, (Jesus) e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:4).



A Glória da Nova Jerusalém

Apocalipse 21:9 – “Então veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas pragas, e me disse: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”.

Apocalipse 21:10 – “E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”.

Apocalipse 21:11 – “Ela brilhava com a glória de Deus, e o seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como o jaspe cristalino”.

Apocalipse 21:12 – “Tinha grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel”.

Apocalipse 21:13 – “Do lado do oriente tinha três portas, do lado do norte três portas, do lado do sul três portas, do lado do poente três portas.”

Apocalipse 21:14 – “O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”.

Apocalipse 21:15 – “Aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro”.

Apocalipse 21:16 – “A cidade era quadrangular, o seu comprimento era igual à sua largura. Mediu a cidade com a cana e tinha ela doze mil estádios de comprimento, e a largura e a altura eram iguais.”

A extensão de doze mil estádios equivale aos quatro lados da cidade e não a cada lado dela; pois é dito que o anjo mediu a cidade, referindo-se a seu todo. Este era o método antigo de medir as cidades, determinando-se assim a circunferência ou o perímetro delas.

Em atenas, o estádio era equivalente a 185 metros e 25 centímetros. Fazendo o cálculo, concluiremos que a Nova Jerusalém medirá 2.223 quilômetros, ou seja, cerca de 555 quilômetros de cada um de seus lados.

Apocalipse 21:17 – “Ele mediu o seu muro, e era de cento e quarenta e quatro côvados, segundo a medida de homem, que o anjo estava usando”.

A altura do muro é de 144 côvados. O côvado era uma antiga medida de comprimento avaliada em 66 centímetros. 144 vezes 66 centímetros, totalizam 95 metros, que é, portanto, a altura do muro. Como o muro é de jaspe como cristal, pode-se ver de fora o interior da cidade.

Apocalipse 21:18 – “O muro era construído de jaspe, e a cidade era de ouro puro, semelhante a vidro límpido”.

As pessoas dão muito valor ao ouro. Para muitos, o ouro é mais importante do que tudo, incluindo a família e até mesmo Deus. Muitos arriscam perder a vida eterna por causa do ouro.

Os salvos, entretanto, deram mais importância a Deus. Valorizaram muito mais as coisas espirituais do que as materiais. Por isso, terão ouro a seus pés.

Apocalipse 21:19 – “Os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento era de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda”;

Apocalipse 21:20 – “o quinto, de sardônica; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópaso; o décimo primeiro, de jacinto; o décimo segundo, de ametista”.

Apocalipse 21:21 – “As doze portas eram doze pérolas: cada uma das portas era uma só pérola. A praça da cidade era de ouro puro, como vidro transparente”.

Apocalipse 21:22 – “Nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro”.

Apocalipse 21:23 – “A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada”.

Apocalipse 21:24 – “As nações andarão a sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra”.

Por “nações” podemos entender as nacionalidades dos salvos. Estes andarão a luz da cidade como reis, já que reis todos serão, pois reinarão com Cristo eternamente.



As Atividades dos Salvos

Apocalipse 21:25 – “As suas portas não se fecharão de dia, e noite ali não haverá”.

Apocalipse 21:26 – “E a ela trarão a glória e a honra das nações”.

Que atividades os salvos terão no céu? O profeta Isaias escreveu: "Eles edificarão casas, e nelas habitarão: plantarão vinhas, e comerão do seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do Meu povo será como a da árvore, e os Meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas mãos" (Isaías 65:21-22).

O trabalho é uma benção. O que seria a eternidade na ociosidade? Foi Deus quem deu aos nossos primeiros pais, a tarefa de cultivar e guardar o jardim do Éden. Por certo, era uma tarefa muito agradável que lhes dava prazer, pois só depois da entrada do pecado é que se fatigavam para ganhar o pão (Gênesis 3:17).

No Éden restaurado, Deus dará ao homem outra vez ocupação física. O trabalho não será cansativo, mas agradável. Contribuirá para o bem-estar. Os salvos se alegrarão ao contemplar os frutos do seu trabalho.

Teremos toda a eternidade para a prática da pesquisa. Será possível conhecer e desvendar todos os mistérios do universo.

Haverá também crescimento espiritual. Aos santos será dada oportunidade de estudar os atributos do santo caráter de Deus, em especial o Seu amor e a Sua graça.

A escritura diz ser intento de Deus "mostrar nos séculos vindouros [na eternidade] a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (Efésios 2:7).

Assim, na Nova Terra os salvos aprenderão mais a respeito do amor e perfeição de Deus. Quando mais conhecerem o Seu caráter, mais O amarão pela eternidade; e quanto mais O amarem, mais felizes serão.

Apocalipse 21:27 – “E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira, mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”.

Ruas de ouro, portas de pérola, muros de jaspe. Assim como Adão alegrava-se no jardim do Éden, também os salvos se alegrarão com os frutos do paraíso.

Quando o Senhor restaurar a Terra, nenhum de seus habitantes dirá “estou doente”, pois os que ali habitarem serão perdoados de sua iniqüidade (Isaías 33:24).

O deserto se tornará em pomar, e os filhos de Deus habitarão em moradas de paz e em moradas bem seguras (Isaías 32:15-18). Então, quando a maldição for removida, as árvores do campo darão o seu fruto, a terra produzirá suas colheitas, e o Senhor lhes dará uma planta memorável (a árvore da vida) através da qual eles serão preservados para sempre (Ezequiel 34:27-31).

Não admira que Paulo tenha dito: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam (I Cor. 2:9).

Quer você habitar por toda a eternidade nesta cidade? O convite já foi feito! Basta você aceitar e se preparar para nela entrar.

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mat. 5:8)